sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A luta do GAA contra o solo pobre.

Uma das dificuldades que encontramos quando tentamos plantar nesse terreno é o solo pobre tipicamente urbano, o que comumente as pessoas chamam de terreno baldio.
È um solo pobre em matéria orgânica com pouquíssima endofauna e com predomínio de capim colonial de Mata Atlântica. Tentamos dominar o capim cortando-o e transformando seus restos em matéria orgânica para o terreno, mas ele é muito resistente e ameaça outras plantas que cultivamos.
Nos plantios ocorridos nas ultimas aulas estamos dando prioridade ao plantio de abóbora como planta amiga que vence o capim obafando-o e gerando muita matéria orgânica. Sementes de guandu e feijão-de-porco estão sendo plantadas pois adubam o solo fixando nitrogênio do ar no solo.
Todas essas dinâmicas naturais que até então faziam parte do vocabulário dos livros de ciências e geografia começam a tomar vida por serem conhecimentos estratégicos para se tornar vida na agrofloresta. É fantástico ouvir instrução vindas dos próprios alunos, e de aluno para aluno como parte do coleguismo e da parceria, conhecimento que não é mensurado em provas mas fazem parte das práticas que nos constroem.
Outra coisa que está sendo bem legal é que estamos aos poucos formando o GAA Grupo de Agroecologia do Alcina, com a galera de alunos que está na disposição de organizar coisas que vão além das aulas e se tornam ainda mais vivas quando elaboradas por eles. Raiza, Joany e Daiane estão responsáveis por uma seleção de sementes que dará início ao nosso banco, onde poderemos ter as sementes para o plantio.
Um Grande abraço a todos que passam aqui.

Sejam bem-vindos e postem seus comentários.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Plantas que já estavam no terreno



Um dos princípios que estamos trabalhando é aproveitar as plantas que já se encontravam no terreno do colégio. Está dando muito certo!
Há um pequeno bananal e estamos trabalhando o manejo como atividade pedagógica e aproveitando as folhas e troncos de bananeiras como matéria orgânica e proteção das mudinhas já plantadas. Outro manejo que deu certo foi a poda de uma amendoeira da rua ao lado que estava sufocando uma árvore de Ipê. Além disso a amendoeira estava com erva -de - passarinho que sem dúvida acabaria com o nosso exemplar de mata Atlântica em pouco tempo. Com esses pequenos manejos já conseguimos aumentar muito a quantidade de matéria orgânica da nossa agrofloresta.

Nossa concepção de educação.

A educação que prioriza a cópia, a decoreba e o adestramento a algum tempo já é tratada como refutada, embora ainda esteja presente na maior parte dos colégios, especialmente os da rede pública. Para nós a agrofloresta fornece meios práticos de ministrar aulas de ciências, geografia, biologia, matemática, literatura, entre outras desde que os professores saibam combinar atividades práticas de suas disciplinas.

No conteúdo curricular de ciências e geografia por exemplo há o conteúdo formação de solos, que até então era dado estritamente em sala de aula e os alunos jamais viam uma minhoca liberando o húmus. Agora com uma pequena composteira, podemos demonstrar isso de forma prática sem depender apenas de mostrar figuras nos livros didáticos. Aos poucos os professores estão se aproximando dessas idéias tentando desenvolver atividades ao ar livre, saindo de sala de aula. Apresentando a seus alunos o mundo real, onde o conhecimento é vivo e prático!!!






Nossa concepção de educação



A


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

Vida nova para nossa agrofloresta!

Após o dia da árvore realizamos vários mutirões de educação ambiental com o propósito de plantar as mudas, conscientizando sobre a importância de plantar aquelas árvores, a atividade fluiu muito bem.
Com o terreno sem o matagal plantamos várias espécies de árvores como açaí, acerola, manga, jaca, e algumas nativas como ipê. Os plantios foram muito bem sucedidos, e o início da primavera agraciou o pomar com algumas chuvas divinas.
A paisagem já está transformada muito mais repleta de vida. Estamos consorciando estes plantios com abóbora e feijão guandu(Aceitamos doações de sementes de guandu) que plantamos para aumentar o nitrogênio no solo e gerar maior quantidade de matéria orgânica.
Um passo importante que demos no começo do ano agora está se concretizando foi a elaboração de nossa composteira orgânica. Ela é a responsável por gerar adubo para as plantas, especialmente as mudas que plantamos. O aproveitamento está excelente, a quantidade de matéria orgânica produzida está começando a compensar o pobre solo, um aterro sobre a lagoa de Itaipu.
A composteira está agora recebendo uma parte dos restos de alimentos das refeições escolares. Não há infelizmente como receber tudo pois a quantidade é grande. Mas esta ação já está sendo tratada como uma destinação racional para o lixo produzido pela escola, e que agora é transformado em adubo.
Outra ação desenvolvida essa semana foi a criação de uma pequena horta agroecológica que iniciamos como o propósito não apenas de produzir e ensinar, mas também como uma possibilidade terapêutica para os funcionários do colégio, visto que grande parte gosta de trabalhar com plantas.

Em breve estarei postando fotos sobe a transformação da paisagem e mutirões de educação ambiental com os alunos.

Comentem as iniciativas. Fiquem a vontade!

Manual de agricultura urbana

Temos aqui o manual de agricultura urbana de grande valor e conhecimento. Compartilhe.